Paulo José Oliveira

Meus ensaios - Paulo Jo Santo.

Textos

indigente.
esta minha alma, este meu jeito indigente, me leva pra lugares aonde você nunca entendeu estar.
esta minha imagem maltrapilha, confunde, perturba, mas faz com que não consiga ser compreendido o que de fato passa comigo.
desleixo de mim? diria!
qual imagem seria mais apropriada apresentar?
indigentemente sigo pela esta estrada tão comum à todos nós.
vejo as mais variadas formas que as pessoas se encontram nela circulando e isto é tão belo aos meus olhos.
será que é tão difícil entender que vejo assim?
o desalinho tem uma metria a ser seguida, na descontinuidade perfeita do infinito, do imponderável.
maltrapilho sigo, mas em cada farrapo, há a marca de uma história intensa, ali vivenciada.
cada remendo conta das coisas inteiras vividas e talvez dos rompimentos e remendos de algumas e outras tantas.
o caminho se torna ainda mais belo por sua irregularidade.
a irregularidade e a incerteza é o que compõe o nosso caminhar e o nosso viver.
é o que dá o tom do aprendizado.
faz desenvolver habilidades inimagináveis.
qual a sua forma de lidar com elas?
procurar te tudo sobre o controle e certinho?
isso parece bom, pra você.
eu vivo no descontrole de cada dia, buscando o remendo perfeito, para a conclusão ideal de meu viver.
nessa colcha de retalhos, que ao final se faz caleidoscópio multifacetado, em intensos desalinhos, desfiados e pontas que pendem que sejam puxadas, convidando a nova desconstrução do ser.
desconstrução deste indigente, eu...

jo santo
zilá
Paulo Jo Santo
Enviado por Paulo Jo Santo em 14/05/2018
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